O boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fiocruz, reforça o crescimento dos casos de Covid-19 no país, principalmente entre adultos.
De 16 de outubro a 12 de novembro, entre os casos com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 10,3% foram de Influenza A, 0,3% de Influenza B, 24,2% de vírus sincicial respiratório e 47% de SARS-CoV-2, o vírus responsável pela Covid-19.
Nos óbitos, no mesmo período, os testes indicaram a presença de Influenza A (4,1%), vírus sincicial respiratório (1,4%) e majoritariamente de SARS-CoV-2 (83,6%).
Para efeito de comparação, entre 18 de setembro e 15 de outubro, a prevalência do SARS-CoV-2 nos exames era de 30,2% e, nos óbitos, de 79,5%. Desde o início da pandemia, 688.886 pessoas morreram no país em decorrência do coronavírus.
Em relação aos estados, o levantamento aponta sinal de aumento de casos de Covid-19 entre a população adulta nos estados do Amazonas, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Bahia, Pará, Pernambuco e Santa Catarina também apresentam indícios de que podem estar iniciando o processo de ampliação de casos positivos da doença.
O documento mostra ainda que, quando consideradas as 118 macrorregiões de saúde, 38 têm nível alto de casos de síndrome respiratória aguda grave, o equivalente ao registro de 1 a 5 ocorrências a cada 100 mil habitantes na última semana.
A região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, é a única que aparece com níveis de casos semanais muito alto, ou seja, de 5 a 10 novas ocorrências. Nas últimas 30 semanas, a localidade apareceu 22 vezes nesse patamar.
Nos últimos dias, duas novas sublinhagens da variante ômicron do coronavírus foram identificadas pela primeira vez no Brasil. As duas cepas, já conhecidas no resto do mundo, foram encontradas em amostras da capital e do interior do estado de São Paulo.
E, no último sábado (12), a Fiocruz divulgou a identificação de uma nova subvariante no Amazonas, a BE.9. Ela teve origem a partir da sublinhagem BA.5.3.2 da ômicron e foi responsável pelo aumento de casos no estado de setembro a outubro.
Essas subvariantes possuem mutações que podem estar associadas ao maior escape imunológico, porém são necessários mais testes para compreender esse processo frente às vacinas e se as sublinhagens são mais agressivas.