Adolescente tem 16 anos e, no momento do ataque, vestia roupas camufladas. Ele usou arma da Polícia Militar para atirar em professores e alunos
Após ser detido, ele confessou o crime. Ele usou uma arma da Polícia Militar, que pertencia ao pai, e outra particular para atirar em professores e alunos. O nome dele não está sendo divulgado por se tratar de um menor de idade, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
“Ele planejava isso havia dois anos e, no dia de hoje (25), colocou em prática. Pegou o carro do pai, tampou a placa, praticou o ato na escola, retornou para casa e depois saiu. A família tinha uma segunda casa no município (onde o adolescente foi encontrado)”, destacou João Francisco Filho.
O atentado foi praticado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), da rede particular do município.
O secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, contou que o adolescente era ex-aluno da Primo Bitti, de onde saiu, a pedido, para outra unidade de ensino. A transferência foi feita em junho com a anuência da mãe, segundo Vitor, mas não houve esclarecimentos por parte da família para o motivo da mudança.
Na ficha do adolescente na escola, ainda de acordo com o secretário, não havia nenhum registro de conflitos que, eventualmente, pudessem indicar a motivação para o ataque. As anotações existentes eram apenas da rotina escolar de um aluno.
Questionado sobre a relação do adolescente com o centro educacional onde também atacou professores e alunos, Vitor disse que, num contato preliminar com a instituição, a informação passada foi que o atirador não estudava no local.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirmou que, com a detenção do autor dos ataques, a investigação prossegue para tentar estabelecer motivação e, particularmente, identificar se havia relações do adolescente com grupos extremistas, considerando que usava uma braçadeira com uma suástica. Casagrande ressaltou o uso do símbolo nazista.
“A investigação que vai dizer, mas estamos destacando a existência do símbolo. Alguns jovens têm interação, comunicação com grupos violentos e até nazistas do mundo todo”, frisou o governador, na coletiva.
O secretário estadual da Segurança Pública, coronel Márcio Celante, afirmou que o adolescente entrou primeiramente na Escola Primo Bitti, quebrando o cadeado e invadindo a sala de professores. Lá, ele atirou em 11 pessoas: duas professoras morreram no local.
Após o primeiro ataque, o atirador entrou em um veículo do modelo Renault Duster, de cor dourada, com as placas cobertas, e foi para o centro educacional, a cerca de um quilômetro de distância da instituição estadual. Na escola particular, o criminoso atingiu três pessoas e uma aluna de 12 anos morreu. Os nomes das vítimas ainda não foram confirmados.