Por muito tempo, acreditou-se que o manuseio de instrumentos de pedra era algo exclusivo dos seres humanos e dos hominídeos. Entretanto, novos estudos apontam que existem animais que entraram na Idade da Pedra. Com isso, queremos dizer que outras espécies também desenvolveram essa habilidade em seus próprios processos evolutivos.
Os primatas na Idade da Pedra
Novos estudos apontam que outros primatas conseguiram desenvolver ferramentas com pedras no passado. Nesses casos, o uso delas servia como uma espécie de comportamento cultural dos animais, algo semelhante com o que foi com os seres humanos em outros tempos.
Inclusive, os estudos também mostram que as próprias ferramentas que esses primatas desenvolveram eram, de certa forma, semelhantes às desenvolvidas pelo homem. Por exemplo, hoje já se sabe que um grupo de chimpanzés usava uma pedra pontuda como martelo para conseguir quebrar nozes e então, se alimentar.
Segundo este estudo de 2007, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, Chimpanzés da Costa do Marfim manejavam pedras há 4.300 anos! Inclusive, essa ‘’Idade da Pedra’’, dos chimpanzés data de um momento anterior ao surgimento das primeiras aldeias agrícolas nesta região.
Outras espécies de primatas também desenvolveram atividades semelhantes, como é o caso do macaco-prego e do macaco-de-rabo-comprido. Todas essas espécies conseguiram desenvolver seus próprios utensílios à base de pedra para exercer funções de seu dia a dia, como se alimentar e se proteger.
A Idade da Pedra das Lontras
Outro animal parece estar entrando, neste exato momento, em sua própria idade da pedra. Trata-se das lontras marinhas, visto que cientistas já as observaram com objetos de pedras que serviam como instrumentos para auxiliá-las em sua alimentação. Dessa forma, pesquisadores estão dispostos a averiguar a transformação que está acontecendo no ecossistema desses animais.
Segundo estudo publicado na Scientific Reports em 2019, pesquisadores da Califórnia registraram lontras batendo mexilhões abertos em rochas. Inclusive, já é possível encontrar marcas em pedras semelhantes às produzidas por esse movimento em outras regiões, onde existem comunidades de lontras.
