O Trem de Aragua, uma organização criminosa surgida na Venezuela, foi responsável por pelo menos 23 homicídios cometidos este ano em Bogotá, na Colômbia, nos quais algumas das vítimas foram esquartejadas, disse a polícia da cidade.
Só na última semana foram encontrados em sacos os corpos esquartejados de quatro pessoas em diferentes pontos da capital colombiana.
O Trem de Aragua está por trás de “17 atos de violência durante o corrente ano e 23 vítimas fatais, 4 delas com esquartejamento”, disse o comandante da Polícia de Bogotá, general Carlos Triana, à emissora La FM .
O esquartejamento das vítimas e a ocultação das partes dos corpos em bolsas e sacos é “uma modalidade que não tinha sido vista na cidade”, afirmou Triana.
Segundo as autoridades, o grupo estaria envolvido em uma disputa sangrenta pelo controle dos mercados domésticos de drogas no varejo, um fenômeno conhecido como microtráfico.
No sábado, o Ministério Público fez uma revista em uma construção de dois andares no noroeste de Bogotá, onde supostamente teriam sido esquartejadas várias pessoas.
A prefeita de Bogotá, Claudia López, afirmou que Giovanny e Niño Guerrero são os dirigentes das operações da Trem de Aragua em Bogotá.
O líder chavista Diosdado Cabello rechaçou estas declarações e negou que atividades criminosas na Colômbia estejam sendo coordenadas de seu país.
Quase 2 milhões de venezuelanos fugiram da crise em seu país com destino à Colômbia, principal país onde esses imigrantes se estabeleceram.
Apesar do escândalo provocado pela descoberta de corpos esquartejados em Bogotá, a capital tem a menor taxa de homicídios entre as principais cidades da Colômbia no ano corrente (são 6 por 100 mil habitantes), segundo a prefeitura.