O satélite SWOT (Surface Water and Ocean Topography, ou Topografia Oceânica e de Águas Superficiais) foi lançado nesta quinta-feira, dia 13, do sul da Califórnia. A missão busca fazer uma pesquisa sobre lagos, rios e oceanos do planeta Terra vistos do espaço pela primeira vez na história.
O satélite de radar foi construído com o intuito de fornecer uma vista totalmente inédita das águas que correspondem a cerca de 70% do nosso planeta, facilitando a análise das decorrências derivadas das mudanças climáticas, como o tão falado aquecimento global. De acordo com o cientista Ben Hamlignton, líder da equipe de mudança do nível do mar da NASA, “é realmente a primeira missão a observar quase toda a água na superfície do planeta”.
A estrutura do satélite equivale ao tamanho de um SUV, e ele será lançado por um foguete Falcon 9, construído e operado pela SpaceX, de Elon Musk, que foi programado para lançamento nesta quinta-feira, saindo da Base da Força Espacial dos Estados Unidos em Vanderberg, aproximadamente 280 km a noroeste de Los Angeles.
Configuração do satélite
O SWOT foi construído para aferir precisamente as diferenças nas elevações de superfície próximas a redemoinhos e correntes, que é onde os cientistas acreditam que ocorre bastante redução de carbono e calor nos oceanos. O satélite atual consegue registrar essas alterações com uma qualidade 10 vezes maior do que as tecnologias que estavam disponíveis anteriormente.
Levando cerca de 20 anos para ser construído, o satélite utiliza uma tecnologia de radar de micro-ondas, que busca coletar medições de superfície de lagos, reservatórios, rios e oceanos de maneira detalhada e em alta resolução, captando essas informações em mais de 90% do planeta.
Os dados serão produzidos por vários meses, sendo que as varreduras da Terra serão feitas pelos menos duas vezes a cada 21 dias, de modo a aprimorar as previsões meteorológicas e climáticas, bem como os modelos de circulação oceânica, além disso, auxiliarão no aferimento de suprimentos escassos de água doce em relação às regiões que sofrem com a seca.
Ainda, outro objetivo da missão é averiguar a maneira como os oceanos absorvem dióxido de carbono e o calor atmosférico de maneira natural, o que controla as mudanças climáticas e as temperaturas ao redor do globo.
Por fim, o SWOT foi construído no Jet Propulsion Lab (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA contando com a colaboração de suas semelhantes no Canadá e na França. O satélite é uma das 15 missões já listadas pelo Conselho Nacional de Pesquisa em relação aos projetos que a NASA pretende realizar dentro dos próximos 10 anos.