Nokia G21 vs Moto G62: qual celular compensa mais nesta categoria? | Comparativo

O Nokia G21 e o Moto G62 são dois aparelhos que se encaixam em uma categoria entre básicos acima da média e intermediários mais simples, por ficarem além de um modelo de entrada, mas sem grandes destaques para um mediano comum.

No confronto entre a Nokia e a Motorola, qual fabricante tem a melhor opção para o consumidor? Você confere a resposta neste Comparativo, aqui no TudoCelular.

Começando pelo design, temos dois aparelhos com uma construção em plástico nas laterais e na traseira. O G21 apela para uma textura fosca na traseira, que ajuda na pegada, além do módulo de câmera brilhante. Já o G62 prefere uma pintura metalizada para parecer mais caro, com o resto do corpo todo liso e um bloco para as lentes no formato convencional da marca.

Como falamos aqui de dois celulares mais simples, não espere encontrar neles qualquer certificação de resistência a poeira e líquidos. Ao menos, o Moto oferece um conjunto mais compacto e leve que o rival.

Na frente, a Nokia também fica abaixo, ao apostar em um notch no formato de gota, enquanto a Motorola já prefere a opção pelo furo no display. Estes dois se assemelham no leitor biométrico integrado ao botão de energia.

Os dois celulares suportam expansão para armazenamento. Só que o finlandês traz um slot dedicado para o cartão microSD, diferente do Moto G, que prefere uma gaveta híbrida. A dupla ainda contém Wi-Fi de quinta geração, com uma vantagem da Motorola no Bluetooth 5.1, superior ao 5.0 do concorrente, e no NFC.

O G62 abre o placar pelo visual mais moderno e conectividade mais avançada.

Dos dois lados, encontramos uma tela LCD de 6,5 polegadas. Apesar do mesmo tamanho, o G62 tem menos bordas, o que amplia o aproveitamento frontal dele. O brilho da dupla é apenas decente e fica na média de outros modelos com o mesmo tipo de painel.

O G21 tem resolução somente HD+, o que torna a definição abaixo do que encontramos no display Full HD+ do Moto. Nenhum deles vem com qualquer proteção contra arranhões no vidro.

Ao menos, as fabricantes apostaram em uma taxa de atualização elevada, para melhorar a fluidez das animações. Só que os 120 Hz da Motorola dão maior suavidade que os 90 Hz da Nokia.

Pelo conjunto, o Moto G anota outro ponto.

O G21 economiza no áudio e fornece apenas um alto-falante mono, enquanto o G62 aposta na parte sonora ao colocar um sistema estéreo. Ou seja, o modelo da Motorola acaba entregando uma experiência multimídia mais imersiva.

Essa característica também afeta nos demais itens. O Moto entrega uma potência de som maior e um equilíbrio melhor entre graves, médios e agudos, ainda que longe da perfeição. Tanto ele quanto o Nokia possuem entrada P2 para fones de ouvido, além de mandarem um acessório básico na embalagem.

O som estéreo dá o ponto ao G62.

O Nokia ainda sai da caixa com o Android 11, enquanto o Moto já vem com a versão 12 do “robozinho” de forma nativa. Isso significa que este também deverá ter uma longevidade maior do que o rival.

A taxa de atualização superior também permite uma maior fluidez na interface do modelo da Motorola, além de ser o único da dupla compatível com a rede móvel 5G. O G21 ficará limitado apenas ao 4G para o futuro.

Ambos oferecem um sistema bastante limpo e próximo ao visto por padrão do Google. A diferença é que a Motorola ainda oferece alguns recursos populares, como os gestos para ligar a lanterna e abrir o app de câmera.

Em outras palavras, temos mais um ponto para o Moto G.

Enquanto o modelo finlandês vem equipado com a plataforma T606 da Unisoc, o Moto é alimentado pelo Snapdragon 480 Plus da Qualcomm. No embate pelo melhor desempenho, nenhum deles parece ser o ideal. Só que o Moto acabou indo cerca de 11 segundos mais rápido.

Os benchmarks confirmam o que vimos e dão uma vitória tranquila ao G62, seja no AnTuTu ou no Geekbench. Os games surpreenderam com um rendimento satisfatório neles, mesmo que não explorem o total da fluidez que o painel suporta.

O G62 leva o ponto outra vez.

Temos no G21 uma bateria com capacidade de 5.050 mAh, um pouco acima dos 5.000 mAh presentes na do G62. Na prática, temos uma autonomia maior para o Nokia, por uma diferença que não chega a uma hora e meia a favor dele, apesar das quase 29 horas de duração total nos nossos testes padronizados.

Quando vamos para o carregamento, a situação muda. O adaptador de 10 W mandado pela finlandesa leva quase 3 horas para completar o processo. Do outro lado, o TurboPower de 20 W da Motorola precisa de pouco mais de 2 horas até chegar nos 100%.

Maior autonomia, contra menor tempo de recarga. Um ponto para cada.

Estes aparelhos contam com um conjunto triplo de câmeras traseiras, liderado por um sensor principal de 50 MP. Os celulares aqui não conseguem explorar o máximo do hardware, porém os resultados do Moto ainda ficam acima em nitidez durante o dia e até mesmo à noite.

A macro deles faz apenas o básico e peca pela falta de foco automático. O G62 é o único a trazer uma lente ultrawide. Ela é mais limitada que a principal, mas não deixa de ser uma opção para registrar mais dos cenários. A Motorola também usa essa câmera para fazer o modo retrato e se sai melhor do que o sensor dedicado de desfoque do Nokia.

Com um conjunto mais versátil e de maior qualidade, o Moto G62 leva o ponto.

A filmadora dos dois fica restrita à resolução Full HD. Só que o G62 ainda alcança mais do que 30 fps, diferente do que acontece com o Nokia. O Moto também é o único a oferecer estabilização eletrônica para lidar com os tremidos, mas fica um pouco abaixo do G21 quando o assunto é agilidade do foco. Pelo menos, ambos oferecem uma captura de som estéreo e de boa qualidade.

Pelo conjunto de características, temos ponto para a Motorola.

A câmera frontal da dupla faz um bom trabalho nas selfies durante o dia. À noite, o Nokia tem resultados melhores no controle de ruídos. O modo retrato do G21 também funciona bem em qualquer situação e não deixa o fundo estourado, como faz o Moto G62. Nas gravações de frente, eles não passam de Full HD a 30 fps.

Aqui o modelo finlandês performa melhor e marca o ponto.

Tanto o Nokia quanto o Moto estão disponíveis oficialmente no Brasil. O G21 chegou no país por R$ 1.750, abaixo dos R$ 2.000 de preço sugerido do G62. No mercado atual, o modelo finlandês ainda aparece mais barato, por algo em torno de R$ 1.300, enquanto o modelo da Motorola sai na faixa de R$ 1.500.

Qualquer economia faz a diferença no bolso do consumidor. Por isso, o Nokia G21 fecha o Comparativo com o último ponto.

Neste confronto entre celulares que ocupam a mesma categoria, tivemos uma vitória larga da Motorola. Apesar disso, o Nokia G21 mostrou alguns atributos interessantes, como a melhor autonomia, mesmo atrás no tempo de recarga, e as selfies de maior qualidade. Além disso, é a opção mais barata do varejo brasileiro no momento.

Mas se você procura a alternativa mais completa entre os dois, o Moto G62 sem dúvida se encaixa nisso. Ele tem o design mais moderno e compacto, a tela com maior fluidez e definição, o sistema com melhores recursos e suporte a 5G e o desempenho mais rápido. O conjunto traseiro de câmeras dele também fica acima, tanto nas fotos como nos vídeos.

RESULTADO

Nokia G21: 3 PONTOS

• Bateria com maior autonomia
• Selfies de maior qualidade em todas as situações
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Motorola Moto G62: 8 PONTOS

• Design mais moderno, compacto e leve
• Tela Full HD+ de 120 Hz
• Som estéreo
• Sistema com maior fluidez, melhores recursos e 5G
• Desempenho mais rápido
• Bateria com menor tempo de recarga
• Câmeras traseiras com sensor ultrawide
• Vídeos mais fluidos e com estabilização eletrônica

Você acha que a distância entre eles é tão grande como o placar mostrou, ou acredita que há um equilíbrio maior? Interaja conosco!

(atualizado em 20 de novembro de 2022, s 10:34)