As ações da Hapvida (HAPV3) despencaram 11,02% nesta segunda-feira (9), liderando as quedas do Ibovespa, que subiu, em linha com o desempenho dos mercados no exterior, depois de abrir as negociações em queda em decorrência dos atos antidemocráticos em Brasília na véspera (8).
Mas o desempenho da Hapvida está descolado dos acontecimentos no Brasil e no mundo e mais ligado à visão dos bancões sobre os riscos para a empresa.
O Bradesco BBI cortou a recomendação de compra das ações da empresa para “neutro”, com um novo preço-alvo de R$ 6,50.
Segundo os analistas, a mudança na perspectiva da Hapvida acontece devido à fraca dinâmica de resultados, maiores riscos relacionados à recuperação de margem e valuation esticado de curto prazo.
O JPMorgan deu o mesmo diagnóstico para os papéis da empresa, e cortou a recomendação de compra para neutra na última sexta-feira (6).
Os especialistas do banco avaliam que os próximos 24 a 30 meses devem ser mais desafiadores do que o mercado espera para a Hapvida.
Enquanto isso, a empresa enfrenta “riscos de possíveis ruídos da integração da NotreDame Intermédica que provavelmente será acelerada e rotatividade de gestão”, explicam os especialistas.
O JPMorgan cortou o preço-alvo da Hapvida para R$ 5,50, ante R$ 9,50 anteriormente.
Além disso, a Dynamo, cujo principal fundo rendeu cerca de 21% anualizado nos últimos 26 anos, disse que decidiu sair por completo do investimento em Hapvida, trocando parte da posição por Rede D’Or, segundo uma cópia de carta a cotistas referente ao quarto trimestre obtida pela Bloomberg.
A Dynamo, uma das gestoras mais antigas do Brasil, acreditava que a combinação de negócios com a Intermédica — anunciada em 2021 — poderia ser virtuosa para a Hapvida, disse o fundo, em carta enviada na última sexta-feira.
“Mas as disfuncionalidades na gestão da integração associadas à piora do economics do negócio com aumento simultâneo da competição e da sinistralidade logo frustraram nossas expectativas.”
Com Bloomberg
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