O PT do Rio de Janeiro propôs hoje o rompimento do apoio à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) para o governo do estado. Os dois partidos, que formam a chapa principal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto, têm uma desavença pela disputa ao Senado.
A decisão ainda precisa ser referendada pela executiva nacional do partido. Em nota, o diretório estadual disse que irá debater nos próximos dias “alternativas de coligação majoritária” para “um forte palanque” para Lula.
O Rio é um dos últimos estados em que PT e PSB ainda não se resolveram. Embora o apoio a Freixo já estivesse selado, inclusive com visita e palanque junto a Lula no mês passado, a vaga da chapa no Senado segue com dois nomes — o que irrita o PT estadual.
Os petistas lançaram o deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), mas o PSB afirmou que não abriria mão de seu candidato próprio, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ).
“Nesse cenário, infelizmente não é mais possível manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do estado”, disse nota do PT.
O texto, no entanto, isenta Freixo de culpa pelo desfecho, alegando que ele “sempre defendeu a unidade da coligação apostando primeiro no convencimento do deputado Molon, confiando no acordo firmado entre os dois, e depois pressionando Molon e a Direção Nacional do PSB”.
Agora sem o PT, Marcelo Freixo conseguiu apoio do PSDB do Rio de Janeiro para a sua candidatura. O partido indicou o ex-prefeito Cesar Maia para ser o vice na chapa.