Uma equipe internacional liderada pelo professor da Universidade Carnegie Mellon, David Rounce, trouxe novas projeções da perda de massa glacial ao longo do século. O estudo da equipe de Rounce ganhou publicação na revista Science no dia 5 de janeiro.
No artigo, há cenários futuros do clima tendo como base a temperatura média global e suas variações. Uma das projeções fala que a Terra pode perder massa glacial ainda neste século, o que é preocupante.
Um efeito significativo do aquecimento global
A depender das atitudes para aplacar as mudanças climáticas, o estudo revelou que nosso planeta corre o risco de perder entre 26% e 41% da massa glacial ainda no século XXI. Tendo em vista a falta de controle do clima, um aumento de 2 °C na temperatura média global pode afetar desproporcionalmente regiões glaciais de baixa latitude, como Europa Central e os Andes. Já com um aumento de 3 °C, tais regiões podem até mesmo desaparecer.
Além disso, caso os investimentos em combustíveis fósseis sejam contínuos, a situação piorará e a temperatura global aumentará significativamente.
Isso porque essa produção pode aumentar o percentual do desaparecimento da massa glacial, resultando em 80% de perda até o fim deste século. Ou seja, haverá mais derretimentos e desequilíbrio do que já teremos.
As informações também indicam que, ainda que haja diminuição nas emissões dos combustíveis e baixo aumento na temperatura climática global, ocorrerá a perda de mais de 25% da massa glacial. Dessa maneira, 50% das geleiras também devem sumir.
Um ponto importante para se lembrar é que, mesmo que haja a interrupção completa de tais emissões, ainda seria necessário aguardar de trinta a cem anos para conquistar a estabilidade na perda de massa das geleiras.
Com isso, David afirma que a maioria dessas geleiras é pequena, com poucos quilômetros quadrados. Porém, essa perda afeta negativamente o turismo, a hidrologia global, os povos (devido ao aumento do nível do mar) e alguns valores culturais.